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A arte imita a vida

  • Foto do escritor: Rebecca Souza
    Rebecca Souza
  • 11 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de mar. de 2022


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A arte imita a vida ou a vida imita a arte?


Talvez você já tenha ouvido alguém presenciar um acontecimento e exclamar "a vida imita a arte". Certamente essa pessoa associou esse acontecimento a algum momento da vida retratada em algum filme ou livro.


Essa íntima correspondência entre arte e vida é percebida há muito tempo. E esse é o tema central do livro lido neste mês de fevereiro.


No livro "Poética" de Aristóteles, vamos encontrar algumas definições como estas:


"O poeta é um imitador, como o pintor e qualquer outro artista."

e

"Como os imitadores imitam pessoas em ação, e estas são de boa ou de má índole (porque os caracteres quase sempre se limitam a esses), sucede que, necessariamente, os poetas imitam homens melhores, ou piores, ou então iguais a nós."

Retomando a pergunta inicial, a visão de Aristóteles é que a arte imita a vida, o que também não exclui, é claro, que, em algum momento, a vida tenha momentos em que será semelhante à arte. A relação entre as duas é reflexiva, não exclusiva.




Em torno dessa ideia de imitação, Aristóteles discorre sobre as diferenças entre as imitações, as formas de poesia, o uso da linguagem e a estrutura narrativa, sempre valendo-se de obras da literatura para ilustrar um conceito. Homero, por exemplo, é vastamente citado e louvado como um autor que "compôs obras que se destacam pela excelência e pela dramaticidade". (Isso me lembrou de que preciso fazer um post sobre a Odisseia)



Estrutura do livro


Aristóteles apresenta um conceito, o define e, a partir disso, apresenta outros conceitos e continua definindo cada um deles, detalhando seus aspectos e aplicações. Mesmo assim, parecendo ser extremamente teórico, não é um livro maçante de ser lido, muito pelo contrário, a clareza e a lógica na apresentação das ideias é fascinante.


Cada um dos tópicos desse livro merece ser estudado em profundidade, tanto pela influência que a obra alcançou como pelos ensinamentos que ela traz.



O que essa obra mudou em mim?


Dentre as muitas coisas que poderia relatar aqui, escolherei apenas uma.

Essa é a segunda obra de Aristóteles que já li. A primeira foi "Ética a Nicômaco". Lá, eu havia percebido que, se eu não lesse - pelo menos alguns - dos autores citados por Aristóteles, minha compreensão da obra dele ficaria comprometida.

Assim, de tanto ver citações de Homero, decidi ler a "Odisseia". Meu único arrependimento é não ter lido a obra antes. A história é cativante e grandiosa, e a forma como Homero narra a história é uma das causas disso.

Agora, ao ler a "Poética", tive um momento em que a relação entre as obras - também chamada de intertextualidade - mais uma vez, se mostrou fundamental, pois compreendi, através de Aristóteles, como Homero estruturou a narrativa: em torno de uma ação única.


Você também já leu a Poética?

Deixe nos comentários o que mais despertou o seu interesse nesse livro!


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Curioso para a leitura do próximo mês?

Fique ligado nos próximos posts!














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