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Algumas frases d'A vida intelectual que me marcaram pra sempre

  • Foto do escritor: Rebecca Souza
    Rebecca Souza
  • 19 de mar. de 2022
  • 5 min de leitura

Atualizado: 23 de mar. de 2022


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De tanto ver algumas pessoas, professores e profissionais que admiro indicarem esse livro, decidi adquirí-lo.


A vida intelectual, escrito por Antonin-Dalmace Sertillanges, marcou minha vida e mudou totalmente a forma como eu via a vida de estudos.


Espero, um dia, conseguir pôr em prática pelo menos 10% do que esse livro ensina. São tantos conselhos valiosos! Uma sabedoria que é dificilmente encontrada no nosso mundo.


Neste post, reúno algumas frases que sublinhei quando realizei a leitura pela primeira vez. Sempre retorno a elas para que eu me lembre do que realmente precisa ser lembrado.


Nessa edição que tenho do livro há quatro prefácios: o prefácio à edição brasileira, o prefácio à terceira edição, o prefácio à segunda edição e o prefácio, propriamente dito.


As cinco primeiras frases fazem parte do prefácio à segunda edição (sim, até no prefácio esse livro é maravilhoso).

As demais fazem do primeiro e segundo capítulo, respectivamente.



1 - p.18

"O temor de Deus é o começo da sabedoria, diz a Escritura. Esse temor filial não é no fundo senão o receio de si mesmo. No domínio intelectual, podemos dizer que ele é uma atenção livre de qualquer preocupação inferior e uma fidelidade constantemente cautelosa para não decair."


2 - p.19

"É no pensamento criativo que habita nosso ser verdadeiro e nosso eu na sua forma autêntica. Ora, essa verdade de nossa eternidade, que domina nosso presente e augura nosso futuro, só nos é revelada no silêncio da nossa alma, silêncio dos vãos pensamentos que levam ao 'divertimento' pueril e dissipador; silêncio dos ruídos atraentes que as paixões desordenadas estão sempre produzindo."


3 - p. 20

"Uma vida que intenta alto demais ou que fica num lugar muito baixo é uma vida desorientada"


4 - p.21

"Diante da superioridade de alguém, só há uma atitude honrosa: amá-la, e ela se tornará assim nossa própria alegria, nossa própria fortuna."


5 - p.23

"Não se deve abordar um tema particular que se quer desenvolver sem ter explorado seus antecedentes e suas relações"


6 - p.30

"Quantos jovens, que têm a pretensão de se tornarem trabalhadores, desperdiçam miseravelmente seus dias, suas forças, sua seiva intelectual, seu ideal! Ou não trabalham - e sobra-lhes tempo! - ou trabalham mal, caprichosamente, sem saber nem quem são, nem para onde querem ir, nem como se caminha. Cursos, leituras, amizades, dosagem de trabalho e de repouso, de solidão e de ação, de cultura geral e da especializada, espírito de estudo, arte de extrair e utilizar as informações adquiridas, realizações provisórias que anunciam o próximo trabalho, virtudes a obter e a desenvolver, nada é previsto, e nada se realizará.
Entretanto, que diferença, em igualdade de recursos, entre aquele que sabe e que prevê e aquele que segue ao sabor das correntezas" 'O gênio é uma longa paciência', mas uma paciência organizada, inteligente. Não é preciso ter faculdades extraordinárias para realizar uma obra; basta uma simples superioridade; o resto é dado pela energia e por sua judiciosa aplicação. É como se dá com um trabalhador probo, econômico e fiel a sua tarefa: ele sempre a cumpre, enquanto o inventor é muitas vezes um fracassado e amargurado."


7 - p.31

"A disciplina de um ofício é uma grande escola: o homem de estudos pode ampliar suas possibilidades. Coagido, concentra-se mais, aprende o valor do tempo, refugia-se com entusiasmo nessas raras horas em que, cumprido o dever, abraça seu ideal, horas em que frui da ação eleita, depois da ação imposta pela dura existência."


8 - p.38

"O amor é o começo de tudo em nós, e esse ponto de partida comum do conhecimento e da prática não pode deixar de tornar solidários, em certa medida, os retos caminhos de um e da outra.
A verdade aproxima-se dos que a amam, dos que a acolhem, e esse amor não existe sem virtude. Por isso, apesar de suas possíveis taras, o gênio envolvido em seu trabalho já é virtuoso; para chegar à santidade, bastaria que fosse mais plenamente ele mesmo.
O verdadeiro brota no mesmo terreno que o bem; suas raízes comunicam-se. Separados dessa raiz comum, e por isso menos arraigados em seu terreno, ambos sofrem, a alma definha ou o espírito desfalece. Ao contrário, alimentando o verdadeiro esclarecemos a consciência; fomentando o bem, orientamos o saber."


9 - p.40

"Ora, as paixões e os vícios diminuem a atenção, dispersam-na, desviam-na, e chegam ao juízo por meandros cujos percursos Aristóteles e muitos outros depois dele escrutaram.
Todos os psicólogos contemporâneos concordam com isso; a evidência não permite nenhuma dúvida. A 'psicologia dos sentimentos' rege a ação, mas também uma boa parte do pensamento. A ciência depende de nossas orientações passionais e morais. Apaziguar-nos é liberar em nós o senso do universal; retificar-nos, liberar o senso da verdade."

"A pureza do pensamento exige a pureza da alma: eis uma verdade geral que nada pode abalar."


10 - p.41

" Não é através do que há de individual em nós que acedemos à verdade: é em virtude de uma participação no universal. A esse universal, que é ao mesmo tempo verdadeiro e bom, não podemos honrar como verdadeiro, unir-nos intimamente a ele, discernir seus aspectos e receber sua poderosa influência sem igualmente reconhecê-lo e servi-lo como bom."


11 - p.44

"Não sobrecarregue o solo; não levante a construção além do que a base permite, ou antes que a base esteja firme: isso faria tudo ruir. Quem é você? Onde está? Que alicerces intelectuais já possui?"


12 - p.45

"Estudar tanto que se deixe de rezar, de se recolher, que não leia mais a Palavra Sagrada nem as palavras dos santos, nem as das grandes almas; estudar tanto que se esqueça de si mesmo e que, de tão concentrado nos objetos de estudo, se negligencie o hóspede interior, é um abuso e uma trapaça. Supor que assim haverá maior progresso e que se produzirá mais é achar que o riacho fluirá melhor se lhe secarmos a fonte.
A ordem do espírito deve corresponder à ordem das coisas. Na realidade tudo se eleva ao divino, tudo depende dele, pois tudo dele procede. Na efígie da realidade em nós, as mesmas dependências existem, a menos que tenhamos desarranjado as relações do verdadeiro."


13 - p.46

"A inteligência desempenha plenamente seu papel exercendo uma função religiosa, quer dizer, prestando um culto à verdade suprema através da verdade reduzida e dispersa.
Cada verdade é um fragmento que exibe em todos os seus aspectos suas ligações; a Verdade em si mesma é uma, e a Verdade é Deus."


14 - p.49

"Quando queremos suscitar em alguém um pensamento, de que meio dispomos? Somente deste: produzir nele através da palavra, de signos, estados de sensibilidade e de imaginação, de emoção, de memória nos quais descobrirá nossa idéia e poderá fazê-la sua."


15 - p.52

"Um amigo do prazer é um inimigo do próprio corpo e logo se torna inimigo da própria alma. A mortificação dos sentidos é necessária ao pensamento, e somente ela pode nos levar ao estado clarividente de que falava Gratry. Obedeça à carne, e estará se tornando carne, e o que é preciso é tornar-se todo espírito."


(continua...)




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